Olá!
O
texto a seguir foi publicado em 29 de maio de 2013, trata-se de um
estudo , cujo intuito era denunciar a influência de ideologia nazista na
musica eletrônica,
em especial a cena EBM. No entanto, a banda alemã Der Prager Handgriff,
foi injustamente de representar e propagar as ideias de nazis e
boneheads. O LADO ESQUERDO assume a falha em tal acusação, após ter
pesquisado mais, sobre a banda , ainda em que tal pesquisa seja feita em
escassos materiais promocionais sobre a banda. De qualquer maneira, a
vericidade quanto a soma EBM+nazismo é um fato e isso já acontece tambem
no Brasil.
O texto de estreia ,
publicado em 29 de maio de 2013 e que se trata da inclusão do pensamento
nacional socialista (nazista) na musica eletrônica, mais precisamente
no EBM (Eletronic Body Music), assim , como já ocorreu como a cena
skinhead, com o punk, no black metal e até no psychobilly, a EBM se vê
invadida por neo nazistas que vêem em tal gênero musical, um lugar
perfeito para exposição de suas "ideias".
A concepção de tal trabalho se faz acontecer com o intuito mostrar que o perigo ronda a todos nós nos lugares onde menos esperamos e que devemos combatê-lo, com todas as forças e sem tréguas.
A concepção de tal trabalho se faz acontecer com o intuito mostrar que o perigo ronda a todos nós nos lugares onde menos esperamos e que devemos combatê-lo, com todas as forças e sem tréguas.
O texto à seguir foi
construído a partir da análise feita por meio leituras de materiais que
tratam do assunto, encontrados em sites, cujos links estão expostos no
corpo do texto, vídeos e depoimentos de pessoas que pediram para não
serem expostas neste artigo
O neonazismo invade a musica eletrônica.
Para
quem pensa que os neo nazistas estão dando um tempo ou que é coisa
restrita a partidos de direita europeus ou estadunidenses, ou coisa de
skinheads, ou melhor, boneheads, considerem se
enganados , pois o movimento internacional de direita esta em todos os
meios de comunicação possíveis, com aval em alguns casos do próprio
sistema democrático-burguês, movimentos culturais, artísticos,
intelectuais, falo do meio acadêmico mesmo e por aí a fora. Não é
novidade nenhuma para os mais sabidos do que rola nos mais diversos
estilos de música e circuitos alternativos que o pensamento nazista é
divulgado , seja por meio de músicas , símbolos ou atos de violência
A cena psycho billy é normal se ver a bandeiras dos confederados
estendida no palco. Bandas de Black Metal, que antes falavam de sua
adoração a Satã ou aos deuses pagãos nórdicos , hoje pregam o nazismo em
suas músicas. E assim se dá na música eletrônica, mais precisamente
aquela que gerou todas as demais, mas que hoje reside nos porões da cena
underground , em todo o planeta, a EBM.
Mas para tratar da intromissão do nazismo no EBM, é preciso antes fazermos uma viagem no tempo e descobrir o que é isso.
Desde
a segunda metade dos anos 70, a musica alternativa, a exemplo do que
ocorreu com o punk e com a cena skinhead, sofreu em sua gênese, a
influência da política, seja para a esquerda , seja para direita. O fato
é que desde então a manifestação artística destas bandas também faziam
experimentos sonoros dos mais variados, seja com instrumentos e normas
de construção musical ou não. Desta maneira o Punk revolucionou de fato,
pois com seu estilo do it your self de comportamento e musica ,
propôs abertamente mais uma revolução nos comportamentos do jovem e em
sua musica, hinos que norteiam a juventude. Do punk surgem outras cenas,
como a new wave e o post punk, kautrock , o street punk, death rock,
hardcore etc. Surge também sua negação, não só sua, mas de todo o
universo rocker que tentava se reinventar, falo da música eletrônica,
bem diferente da cena disco estadunidense.
Nomes
como Cabaret Voltaire, Kraftwerk, Depeche Mode, Front 242 e
Einsturzunde Newbauten, são os precursores dos mais diversos estilos de
musica eletrônica que viria a brilhar, sobretudo nos anos 80.
O
Industrial e a EBM, tinham a nítida intenção de negar o padrão
convencional de criação de música exigido pelo mercado fonográfico. Os
alemãos do Kraftwerk criaram a musica e o termo EBM – eletronic body
music ou em portugues (corpo musical eletrônico). Kraftwerk (pronúncia em alemão: [ˈkʀaftvɛɐk], usina de energia) é um influente grupo musical alemão de música eletrônica. O grupo foi formado por Ralf Hütter e Florian Schneider em 1970, em Düsseldorf e
liderado por ambos até a saída de Schneider, em 2008. A formação mais
conhecida, duradoura e bem sucedida foi aquela que se consolidou entre 1975 e 1987 e que incluía os percussionistas Wolfgang Flür e Karl Bartos.1 Conheceram-se quando estudavam no Conservatório de Düsseldorf no final dos anos 60, participando da cena experimental da música da época, o movimento posteriormente intitulado krautrock
Considerado por alguns como tão influentes quanto os Beatles por sua participação na música popular da segunda metade do século XX2 ,
as técnicas introduzidas e os equipamentos desenvolvidos pelo Kraftwerk
são lugar-comum na música atual e o grupo é geralmente tido como
precursor de toda a dance music moderna de modo geral3 . Suas letras, por vezes cantadas através de um vocoder ou geradas sinteticamente, ainda que minimalistas, geralmente lidam com temas relacionados à vida urbana e à tecnologia pós-guerra. http://pt.wikipedia.org/wiki/Kraftwerk
O elemento industrial do Neubauten , foi incorporado na construção musical do Front 242, porém sempre usando samplers e toda a sorte de possibilidades de criação musical a partir de colagens , remixes, teclados e tudo mais que pudesse ser utilizado eletronicamente para composição de musica era usado com a idéia de não mais precisar de musicos , mas sim de verdadeiros engenheitos de som, como o exemplo de Kraftwerk. A idéia do faça você mesmo nascida com os punks, também fazia todo o sentido para a galera da musica eletronica. Aliás, a musica eletrônica nasceu justamente por conta desta linha de pensamento. Mesmo assim, o tecladista tinha função , além de primordial , estratégica também na construção musical e estética das bandas de musica eletronica, principalmente ao vivo, pois embora servissem ao publico uma sonoridade sintética, eletrônica, era importante ver que apesar de toda tecnologia, que estava no comando da coisa era o homem, tinha lá , sempre o tecladista comandando os samples e beats eletrônicos e tocando ao vivo a parte que lhe competia.
O
elemento estético também foi explorado pelo Front 242. Apareceram com
suas botas , jaquetas e calças estilo militar , com coletes, e óculos
tipo caçador. Muitos confundiram o F242 com os skinheads nazis, por
causa do visual para-milico. Ao lado do Depeche Mode, o F242 se tornou o
maior nome da música eletronica dos anos 80, tendo seus discos editados
em varios países no mundo, inclusive no Brasil. Nitzer Ebb, Clock DVA, A
Split Second, Poupeé Frabrik, Dive, Skinny Puppy, foram entre outras
bandas que ajudaram a cristalizar a EBM como estilo musical consolidado,
com seguidores e praticantes no mundo inteiro.
A
disco music, a new wave, e a black music agora teriam um nova
concorrência nas pistas de dança, que no circuito comercial , onde a EBM
seria chamada de New Beat. Nas casas da cena underground, cyberpunks se
acotovelavam freneticamente.
Como já dito, o espírito do do it your self dos
punks ingleses, invadiu corações e mentes de amantes de musica
eletrônica e tecnologia. Bélgica e a Alemanha, como já esperado
passaram a ser o berço das bandas mais importantes deste gênero. Havia
entre o público inserido na cena EBM, muitos punks, góticos e
intelectuais que aderiram a tal cena. Os shows, sobretudo na Alemanha, a
exemplo do Neubauten, eram repletos dos mais diversos tipos
alternativos. Muitos continuaram a manter o visual punk, mas com
adereços e símbolos que remetiam-nos a ideia de apocalipse cibernético,
radioatividade, além de usarem camisetas das bandas ícones de musica
eletrônica de seu tempo. Em pouco tempo o publico que frequentava os
porões escuros de Berlin, Leipsing, Amsterdã, Londres, via ser invadidas
pelos fans de musica eletrônica, que seria rotulados , tal como a
musica que eram fans; EBM, Industrial, Cyberpunks.
Ciberpunk (de Ciber(nética) + punk)
Cyberpunk
é um subgênero da ficção científica, conhecido por seu enfoque de "Alta
tecnologia e baixo nível de vida" ("High tech, Low life") e toma seu
nome da combinação de cibernética e punk. Mescla ciência avançada, como
as tecnologias de informação e a cibernética junto com algum grau de
desintegração ou mudança radical na ordem social. De acordo com Lawrence
Person: "Os personagens do
cyberpunk clássico são seres marginalizados, distanciados, solitários,
que vivem à margem da sociedade, geralmente em futuros despóticos onde a
vida diária é impactada pela rápida mudança tecnológica, uma atmosfera
de informação computadorizada ambígua e a modificação invasiva do corpo
humano."
Segundo William Gibson, em seu livro Neuromancer,
o indivíduo ciberpunk é uma espécie de "pichador virtual" que se
utiliza de seu conhecimento acima da média dos usuários para realizar
protestos contra a sistemática vigente das grandes corporações, sob a
forma de vandalismo com cunho depreciativo, a fim de infligir-lhes
prejuízos sem, contudo, auferir qualquer ganho pessoal com tais atos.
O termo "Cyberpunk" também significa uma subcultura que é focada na Cybercultura e se destaca pela preferencia por música psicodélica e de gêneros de fusão entre punk rock e música eletrônica e por adereços de moda futuristas.
O estilo ciberpunk descreve o lado niilista e underground da sociedade digital que começou a se desenvolver nas últimas duas décadas do século XX. Um mundo ciberpunk distópico é chamado de antítese das visões utópicas de mundos de ficção científica e meados do século XX como tipificadas pelo mundo de Jornada nas Estrelas (Star
Trek), embora incorporando algumas dessas utopias, principalmente na
questão do mito da separação entre corpo e mente, muito discutida na
filosofia cartesiana.
Na literatura ciberpunk, muito da ação se ambienta virtualmente, no ciberespaço - a fronteira evidente entre o real e o virtual fica embaçada. Uma característica típica (ainda que não universal) desse gênero é uma ligação direta entre o cérebro humano e sistemas decomputador.
O
mundo ciberpunk é um lugar sinistro, sombrio, com computadores ligados
em rede que dominam todos os aspectos da vida cotidiana. Empresas
multinacionais gigantes substituíram o Estado como centros de poder. A
batalha do excluído alienado contra
um sistema totalitário é um tema comum na ficção científica;
entretanto, na FC convencional tais sistemas tendem a ser estéreis,
ordenados, e controlados pelo Estado. Em contraste a isso, no ciberpunk,
mostram-se as entranhas da corporatocracia, e a batalha sisífica entre seu poder por renegados desiludidos.
As
histórias ciberpunk são vistas como representações ficcionais do
presente a partir de uma extrapolação e especulação das tecnologias de
comunicação, como por exemplo, a internet.
O
argumento da escrita cyberpunk se centra em um conflito entre hackers,
inteligências artificiais, e megacorporações, tendentes a serem postos
dentro da Terra num futuro próximo, em oposição do futuro distante
panorama de encontros galácticos em romances como a Fundação de Isaac Asimov ou Dune de Frank Herbert.
As visões deste futuro tendem a ser distopias pós-industriais, mas
estão normalmente marcadas por um fomento cultural extraordinário e o
uso de tecnologias em âmbitos nunca antecipados por seus criadores ("A
rua encontra suas próprias aplicações pras coisas"). A atmosfera do
gênero em sua maioria faz eco no cine negro e se utiliza pouco neste
gênero técnicas de romances policiais. Entre os primeiros expoentes do
gênero cyberpunk se encontran William Gibson, Bruce Sterling, Pat Cadigan, Rudy Rucker e John Shirley. As influências do Cyberpunk se estenderam por outros gêneros literários, e são visíveis, por exemplo, em traços da obra de Stephen King, como no livro O Concorrente, onde o mundo é um cenário Cyberpunk próximo temporalmente. O termo Cyberpunk se cunhou nos anos 80 e continua sendo atual.
Diferente da ficção científica da
New Wave, que importou as técnicas e as preocupações estilísticas que
já existiam na literatura e na cultura, o cyberpunk se originou na
ficção científica primeiro, antes de incrementar a tendência dominante
de sua exposição. No começo e meio dos anos 80, o cyberpunk se converteu
num tema de moda nos círculos acadêmicos, onde começou a ser objeto de
investigação do pós-modernismo. Neste mesmo período, o gênero ingressou a
Hollywood e se converteu em um dos estilos da ficção científica do segmento do cine. Muitos filmes influentes tais como Blade Runner e
a trilogia de Matrix se podem ver como consequências proeminentes dos
estilos e dos temas do gênero. Os jogos de computador, os jogos de
tabuleiro e os jogos de rpg, tais como Shadowrun, ou o apropriadamente nomeado Cyberpunk 2020,
oferecem a miúdo roteiros que estão fortemente influenciados pelos
filmes e a literatura cyberpunk. Iniciando os anos 90, algumas
tendências da moda e a música forma rotuladas como cyberpunk.
Enquanto
que uma grande variedade de escritores começou a trabalhar com
conceitos do cyberpunk, novos sub-gêneros emergiram, que se centravam na
tecnologia e seus efeitos sociais de uma maneira diferente. Os exemplos
incluem o steampunk, iniciado por Tim Powers, Kevin Wayne Jeter e James Blaylock, e o biopunk (ou alternativamente ribofunk), no qual Paul Di Filippo é proeminente. Adicionalmente algumas pessoas consideram trabalhos tais como A era do Diamante de Neal Stephenson como o início da categoria postcyberpunk.http://pt.wikipedia.org/wiki/Cyberpunk#Musica_e_Moda
A
temática das bandas de EBM, a exemplo Front 242, por tanto é muito
influenciada pela literatura cyberpunk, além de cenários de guerras e
tudo mais que foi dito acima. O cenário de fábricas em ruínas, chaminés,
engrenagens, martelos são símbolos da indústria , logo, por serem
herdeiros da musica industrial alemã a EBM se apropriou destes símbolos,
mas inicialmente não havia uma pretensão explícita de se ideologizar o
movimento musical nascente mas, classificar sua origem industrial. No
entanto, a ideia exposta na obra de William Gibson influenciou artistas e
seus seguidores, dando início ao paulatino
processo de ideologização das bandas da cena EBM que terminaria os anos
80. Sendo a Alemanha e a Bélgica os berços da cena EBM, por lá surgiram
os primeiro selos que lançaram discos das bandas do estilo, além de
eventos, gigs com participação de tais grupos. Contudo, dentre todas as
subculturas existentes no underground a EBM é aquela com menor numero de
seguidores até hoje, ainda que estes sejam fiéis. Logo, por este
motivo, não há interesse em se criar casas noturnas exclusivamente
voltadas para o público de musica eletrônica Por causa disso, o público da cena EBM acaba tendo apenas casas noturnas destinadas a góticos, como espaço para sua aparição.
A
crítica ao capitalismo e suas consequências enchia corações e mentes
dos extremistas ideológicas que viram na EBM um lugar de abrigo a tais
ideias, por isso , em países como Bélgica e Alemanha, não tardaria
muito o flerte de tal estilo cultural, com o crescente neonazismo.
Tendo
a humildade de reconhecer a possibilidade de erro, devo comentar aqui
que a banda eslovena Laibach, foi a primeira a sugerir o pensamento de
extrema direita no meio da música eletrônica, ainda que a estética
militarista e referencias ao exercito alemão , sobretudo durante a
segunda guerra mundial, já fossem usadas em larga escala.
Laibach
é um grupo musical , formado em 01 de junho de 1980 em Trbovlje, um
povoado mineiro localizado na Eslovênia (até então Iugoslávia). O grupo
representa a ala musical do coletivo NSK - Neue Kunst Slowenische (Nova
Arte Eslovena), da qual foi membro fundador em 1984.
“Laibach” é o nome alemão para Ljubljana (capital da Eslovênia), usado pelos nazistas quando ocuparam o território. O grupo colocou este nome na banda pois, após a II Guerra Mundial, Laibach era um nome praticamente proibido no país. Segundo eles, o nome tinha um significado emocional muito intenso: “se o nome é tão forte, deve valer a pena usá-lo”.
A banda frequentemente é acusada de ter posições políticas extremas, tanto de direita, quanto esquerda. Isto se dá principalmente ao fato de usarem, durante seus shows, uniformes que lembram as indumentárias facistas, nazistas e/ou socialistas. Uma vez, Ivan Novak e Milan Fras, membros do grupo, ao serem chamados de facistas, responderam ambiguamente: “somos tão facistas quanto Hitler era um pintor”.
Os membros do Laibach raramente se descaracterizam-se de seus personagens, motivo principal das muitas acusações que levam. Seus concertos, por muitas vezes, parecem comícios políticos. Em várias entrevistas dão respostas irônicas e paradoxais sobre o totalitarismo, o nacionalismo e a democracia.
Richard Wolfson definiu o grupo assim:
“O método do Laibach é extremamente simples, eficaz e perigosamente aberto a interpretações erradas. Primeiro eles absorvem os maneirismos do inimigo, adotando os simbolos e as armadilhas sedutoras do poder do Estado e, então, eles exageram estas ideias até o limiar da paródia. Em seguida eles voltam o foco para questões políticas extremamente delicadas, o temor do ocidente europeu com os imigrantes da Europa oriental, as analogias entre a democracia e o totalitarismo”.
O estilo musical da banda tem fortes influências do industrial, da música marcial e do neo-clássico.
“Laibach” é o nome alemão para Ljubljana (capital da Eslovênia), usado pelos nazistas quando ocuparam o território. O grupo colocou este nome na banda pois, após a II Guerra Mundial, Laibach era um nome praticamente proibido no país. Segundo eles, o nome tinha um significado emocional muito intenso: “se o nome é tão forte, deve valer a pena usá-lo”.
A banda frequentemente é acusada de ter posições políticas extremas, tanto de direita, quanto esquerda. Isto se dá principalmente ao fato de usarem, durante seus shows, uniformes que lembram as indumentárias facistas, nazistas e/ou socialistas. Uma vez, Ivan Novak e Milan Fras, membros do grupo, ao serem chamados de facistas, responderam ambiguamente: “somos tão facistas quanto Hitler era um pintor”.
Os membros do Laibach raramente se descaracterizam-se de seus personagens, motivo principal das muitas acusações que levam. Seus concertos, por muitas vezes, parecem comícios políticos. Em várias entrevistas dão respostas irônicas e paradoxais sobre o totalitarismo, o nacionalismo e a democracia.
Richard Wolfson definiu o grupo assim:
“O método do Laibach é extremamente simples, eficaz e perigosamente aberto a interpretações erradas. Primeiro eles absorvem os maneirismos do inimigo, adotando os simbolos e as armadilhas sedutoras do poder do Estado e, então, eles exageram estas ideias até o limiar da paródia. Em seguida eles voltam o foco para questões políticas extremamente delicadas, o temor do ocidente europeu com os imigrantes da Europa oriental, as analogias entre a democracia e o totalitarismo”.
O estilo musical da banda tem fortes influências do industrial, da música marcial e do neo-clássico.
Desta
maneira , o flerte com o neonazismo aconteceu, e a musica eletrônica
virou mais um lugar de manifestação de ideias de ódio.
Muitos
skinheads de direita, neonazista de toda parte se apropriaram da
estética e da música eletrônica para propagandear sua linha de
pensamento. Assim como muitos fãs de música eletrônica, que apoiam o
pensamento nazifascista, via no EBM outra forma de manifestação de suas
ideias. O visual paramilitar, o racismo, o antissemitismo, o
anticomunismo, o ódio à cultura estadunidense e principalmente ao rock,
que trazia seus hippies, punks e todo tipo de moda underground que
pudesse surgir. A simpatia aos símbolos já mencionados, como martelos,
fábricas, engrenagens e figura do operário com o martelo, este que se
pode interpretar de duas formas, uma é a do homem que trabalha duro na
fábrica, portando seu principal instrumento de trabalho, instrumento
este que na música industrial marca o ritmo. Termos como nacionalismo,
honra, disciplina, são incorporados à cena EBM. O Visual apocalíptico
dos cyberpunks foi sendo deixado para trás e a estética neonazista toma
conta da cena EBM, sobretudo europeia.
Aves
da rapina surgem entre símbolos que representam a cena eletrônica.
Bandas como Skinny Puppy, Das Ich, Project Pitchfork (estas duas
rotuladas como eletrogoth) , não se deixaram levar pelas ideias que
começaram os anos de 1990 a se expandir na cena EBM
Estes nomes, são até hoje, símbolos da resistência contra as ideias nazi fascistas que infestaram a cena EBM. E assim, a musica EBM passou a ser representada por nomes como Der Prager Handgrif.
Estes nomes, são até hoje, símbolos da resistência contra as ideias nazi fascistas que infestaram a cena EBM. E assim, a musica EBM passou a ser representada por nomes como Der Prager Handgrif.
O
“Prager Handgriff foi fundada no Vale do Ruhr a maior região
industrial da Alemanha, no início de da década de 1990. Para este
projeto, Stefan Schäfer e Volker Rathmann queria deixar as suas
experiências insatisfatórias com bandas tradicionalmente punk / new-wave
para trás, então eles começaram a usar samplers, sintetizadores e
sequenciadores para trazer suas ideias. Por volta de agosto de 1990, a
primeira fita, 'Rückstand aus Vormonaten “foi gravada”. Logo,
tornaram-se um dos maiores nomes da cena nos anos 90 e que mostra sua
posição política claramente na música a seguir : Durante Muito tempo a
banda era tida por muitas pessoas como uma banda nazi alemã, devido ao
fato da presenção constante de neo nazistas boneheads em seus
concertos, muitos fazendo a famosa saudação nazista. fato este ocorrido
inclusive em gothic clubs paulistas, onde não raras vezes presenciei
white-powers fazendo tal saudação , quando o DJ tocava a música Deutschland?, cuja letra trata de um manifesto antifascista.
Deutschland?
A batalha das batalhas começou
A vergonha agora está de volta
Casas estão em fumaça negra
“queimando” como em um flash
Cidadãos correm para aplaudir
Skinheads com um grande sorriso
E levantam a mão para cumprimentá-los
Agora aparece no final deste país
*A praga marrom se abateu sobre nós
Você pode ouvi-lo pelos corredores das cidades
Alemanha, estamos de volta
De que se envergonhar mais?
No exterior parece imensamente assustada
Provavelmente digitalmente recriado o espírito de idade
O que há de errado neste país?
Onde está a resistência específica?
O fraco deve sofrer novamente
Bater ou matar
A política não pode ajudá-lo
O quarto reich está chegando
*O termo praga marron, tal como cita colaborador de LADO ESQUERDO se refere às camisas pardas das tropas de assalto de Adolf
Hitler, as temidas SA. Hoje tais tropas , segundo a letra seriam
representadas pelos skinheads neonazistas, que ainda hoje encontram
algum apoio da população, por isso a pergunta, Deutschland?, denunciando
que parte da pupulação germanica , acolhe bem tal linha de pensamento,
por isso reconhecemos a importante do trabalho de Prager Handgriff
A
afinidade com os boneheads é tamanha que chegam a fundar um subgênero
dentro da cena EBM, batizada de OiBM, que é a soma do OI! Dos skinheads
tradicionais com o termo EBM, tal como veremos a seguir.
Felizmente
a música eletrônica não se restringiu em se tornar em mais um mero
estandarte nazifascista. Muitos artistas utilizaram dos recursos
infinitos de se fazer musica eletrônica para criarem outros estilos,
apolíticos e abertos para a diversidade cultural que o mundo da música
abriga. Surgiram termos como eletro goth (Project Pitchfork, Das Ich,
Blutengel), synthpop (bandas influenciadas por Depeche Mode), ou o
Future Pop, um EBM mais dançante, menos minimalista (Vide VNV Nation),
Dark Eletro, bandas que misturam o industrial, EBM, horror gótico, como
por exemplo, a banda mexicana Hocico e Harch EBM, cujo maior ícone do
gênero é o Suicide Comando. Estes subgêneros do EBM, proliferaram e
ajudaram a mostrar que apesar de infectada, a cena da musica eletrônica
não foi totalmente invadida pelos nazis.
Harsh EBM, terror EBM ou aggrotech, denomina uma variante da EBM que surge no começo dos anos 90, mas não se populariza até a metade dele.
O harsh EBM é o oposto do futurepop, e como o nome já diz, é a variante pesada da EBM nos dias atuais, com batidas muito distorcidas, sintetizadores acidos e vocais muitas vezes fora de melodia, agressivos e distorcidos, com letras pesadas sobre vários tabus e temas controversos, objetivando algo realmente pesado.
As principais bandas desse género são: Suicide Commando, Unter Null, Grendel, Waldgeist, TacticalSekt, VonRichthofen, Klaustrophobic,
Hocico e Lolikure. http://pt.wikipedia.org/wiki/Harsh_EBM
Porém
nos 2000 um movimento chamado Anhalt-EBM, ou EBM-Old School. Dentro
deste movimento, nazis se fazem presente, fazem uso deste meio para
propagarem sua ideia. Cria-se o termo EBM United. Esse termo em resumo é
como uma senha de declaração de paz entre as ideologias que possam
transitar nesta sub cena (entenda-se ideologia de direita e de esquerda)
que por ventura se ‘trombem’ numa gig, tudo em nome do amor pela música
eletrônica, contudo, não precisa ser nenhum cientista político para
constatarmos que isso jamais daria certo e que na prática , a grande
maioria do público e composta por quem faz música eletrônica sim, mas em
sua maioria esmagadora , neo nazistas simpatizantes, seja da
ideologia, ou da estética, ou na melhor das hipóteses apolíticos.
Exemplo
disso e o festival Familientreffen, evento realizado na Alemanha
anualmente e que conta com a presença de dezenas de bandas do gênero e
muitas delas assumidamente nazi.
Anhalt EBM ou EBM neo-oldschool é uma vertente do EBM nascida na Alemanha Oriental e consiste na fusão de elementos da música e subcultura streetpunk/oi! com o EBM oldschool de bandas como Pouppée Fabrikk e Nitzer Ebb. O som consiste basicamente em vocais, uma linha de baixo proveniente de synth analógico e percussão que pode ser eletrônica, acústica e (ou) sucata.
Electro Stompers :
O estilo vai além de música, desenvolveu também uma subcultura que tem como referencial de origem a classe operária, no caso da origem de seu nascimento, a juventude alemã pós-socialista. Estes se nomeiam como electro-stompers ou EBM
jugend, seu modo de organização é em "gangues" ou "grupos", os quais
tem como objetivo servir de uma fraternidade de apreciadores da estética
e da música anhalt EBM, existem vários desses grupos que normalmente
são regionais (como a Electro Stompers Leipzig).
Algumas bandas de anhalt EBM: Blood Shot Eyes, Container 90, Spetsnaz, Sturm Café, Astma, Frontal.
Entre
estas bandas surge a banda sueca Astma cujo clipe da musica "Cut it
shot" é uma animação que mostra os membros da banda perseguindo um
personagem hippie, sob a alegação de que tal personagem é o responsável ,
pela propagação da maconha, da ideia dos exo livre, além de tratá-lo
como s´mbolo de vagabundagem e mendicancia
Ou
seja, trata-se de apologia pura em prol da violência em nome da
intolerancia e do préconceito. Por isso a mensagem da musica é clara
como clipe , que pede para cortar os cabelos do personagem hippie. Na
verdade o que rola no clip não tem nada de diferente do que rolava nas
ruas de londres nos idos de 69, quando os skinheads apolíticos
praticavam este ato de violencia, além do pack bash, que eram
espancamentos feitos em pessoas de origem paquistanes, além de
ostentarem o vizu tradicional dos skins nazis , incorporado por parte do
publico EBM, mostra em um de seus clipes,
veja o clipe a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=Z7mmVD_f_fA
Nunca
se soube , ao menos no Brasil, de casos envolvendo EBM´s em brigas de
gang, salvo a lendária gang intitulado Cyberpunks, a famosa turma do
Killer, no início dos anos, que por conta do visual cyberpunk, eram
confundidos com anarcopunks pelos carecas do subúrbio e por isso,
andaram levando surras nas saídas da rua Augusta. A turma se desfez mas
fãs de musica eletrônica continuaram a surgir no Brasil , bem como
bandas muito boas.
Cyberpunks nas dependencias do clube Armaggedon, Rua Augusta - São Paulo, ano de 1993
Há
á no Brasil, muitos fãs de EBM apolíticos, mas não quer dizer que
alienados. E tem também os nazis. Muitos, usam a máscara da EBM, para
camuflar suas ideias de direita, e assim se fazem presentes nos rolês
góticos de São Paulo, já que a maioria dos góticos não se liga em
política.
Ainda nos anos 90 , havia uma certa tolerancia do público frequentador de casas góticas, sobretudo na região da av Paulista, onde ali se concentram as ações de grupos como os White Powers. este grupo se sentia a vontade em casas como a extinta e já mecionada Armaggedom.
A simpatia do público fã de EBM não se deve aplicar a 100% do público, contudo é fato que há simpatizantes do neo nazismo e da ideia de supremacia branca entre "EBM´s" brasileiros também.
Tal como relatado pelo jovem "R", que estava em um festival de bandas eletronicas no ano de 2003 na zona sul de São Paulo, que entre tais bandas se apresentava a argentina MegaHrtz, quando , por motivo da entrada de playboys desavisados no evento, que segundo ele começaram à "zuar" com o visual dos EBM´s e mexer com as garotas, desencadeou-se por isso uma briga fantástica e que no carlor dos acontecimentos, alguém gritou: Aqui é white power porra!
Há no entanto , grupos que se esforçam em reiterar que a cena EBM não é fascista, que existem bandas apolíticas e de esquerda e que tem em comum só o visual e o som eletrônico e de fato isso é verdade.
Por
tanto, sejamos justos, quando reconhecemos que a democracia permite as
mais diversas formas de exposição de ideias e pensamentos e que por isso
não se é de estranhar que até pensamentos de estrema direita ,
encontrem seu cantinho e forma de exposição nas culturas mais variadas. O
nazismo não é coisa de skinhead tão somente. È coisa de homens que
buscam um certo tipo de revolução baseada no ódio racial, na xenofobia,
homofobia, que defende o autoritarismo e o fim das liberdades de
escolha.
O Lado Esquerdo se manifesta publicamente o repúdio contra todo aquele que ousa deturpar as mais puras manifestações artísticas e culturais e prol de ideologias como esta que assim como em outros gêneros musicais, encontrou na musica eletrônica, um cantinho perfeito para difusão de tal pensamento.
por Royo y Negro
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